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domingo, 8 de julho de 2012

Geografia, Áfricas e afro-brasileiros

Em novembro de 2010 tive a oportunidade de assistir a uma brilhante palestra do Prof. Rafael Sanzio Araújo dos Anjos,  Professor Associado do Departamento de Geografia da Universidade de Brasília e Diretor do Centro de Cartografia Aplicada e Informação Geográfica (CIGA). Naquela ocasião, fiquei encantada com a abordagem bem-humorada e inteligente por meio da qual ele discorreu sobre as causas e consequências do  fato de que os estudos sobre a África e os afro-brasileiros sejam ainda tão tímidos no Brasil. Nesta semana, ao procurar pelo site do Professor, fiquei sabendo do lançamento do  Mapa Didático: Diáspora África - América - Brasil. 
Séculos XV - XVI - XVII - XVIII - XIX : Cartografia para Educação e resolvi compartilhar a novidade.
Para saber mais, visite o site: http://www.rafaelsanziodosanjos.com.br/
Abaixo, Segue a ficha técnica da obra, extraída do site:
"O CONTEÚDO DO MAPA TEMÁTICO EDUCACIONAL – FICHA TÉCNICA
O  produto cartográfico  organizado para reconstituir espacialmente os principais componentes da dinâmica do sistema escravista global, que provocou deslocamentos humanos e culturais e transformações territoriais profundas no “mundo conhecido” até o século XV,  está composto por  25 (vinte e cinco) elementos na sua legenda em cores (com informações lineares, pontuais e zonais). Os eixos temáticos tratados são os seguintes:  as grandes unidades étnicas dos povos africanos; os sentidos dos principais fluxos seculares da diáspora africana para várias partes do mundo, principalmente e América (Novo Mundo); referências dos principais portos e cidades que se estruturaram e enriqueceram com o “trafico negreiro”; os movimentos dos produtos tropicais e outras mercadorias envolvidas na implementação do “capitalismo brutal e primitivo”; as extensões dos espaços de grande importação forçada das populações africanas; as grandes organizações
quilombolas e os espaços com registro de movimentos sociais contra o sistema opressor dominante ao longo de quatro séculos. O mapa temático faz referência ainda, aos movimentos espaciais das parcelas de seres humanos africanos e de ascendência que voltaram ao continente africano após a abolição da escravatura
nos estados coloniais na América, os denominados “retornados”.  Utilizamos na representação do mapa mundi uma imagem de satélite pancromática na projeção cartográfica adaptada de  Arno Peters (possibilita a manutenção das proporções reais das terras emersas), evitando assim distorções significativas nos continente e um compreensão distorcida das relações dos atores e agentes nas relações geopolíticas. Devido ao espectro temporal do mapa educacional a sua toponímia faz referência a distintos momentos históricos, fato que possibilita um contexto historiográfico na cartografia geopolítica dos deslocamentos seculares África  -América  – Brasil."

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